quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Desespero...




Força que brota do seio da noite,
traz consigo apenas caos e destruição
transportando ódio e inveja - o poder
deixando marcas em seu rastro

fugi das flores da morte, foi inútil
vítima da sede de ganância deles, os deuses
prostrei-me diante da minha própria face
e num ultimo instante de esperança, supliquei

como em um holocausto, gritei por clemência
de fronte as estátuas, eles permaneceram estáticos
sem dor, sem força, sem esperança...
eternidade de escuridão e esquecimento.

sábado, 10 de julho de 2010

Preço da pureza



Envolto numa penumbra de incertezas

Perdido num caminho confuso

Sentidos confundem-se com sentimentos

Sentimentos fundem-se com emoções


Palavras perdem o significado

Olhares miram apenas o horizonte

À espera de algo hermético

Descanso no berço do receio

Embalado pela mão da desconfiança


Quem mais, se não, o alter ego

Quem mais, se não, a fobia

Quem mais, se não, eu mesmo


De onde há de vir o lampejo

Em que túnel há de estar

Enfim, a luz?

sábado, 19 de junho de 2010

Teu Beijo



Vertigem, ao te olhar é o que sinto
Embaraçado, não sei o que falar
No entanto, seu olhar me acalma

Como chuva em terra seca
Meu peito se enche de esperança
Sem rumo fico, ao sentir a maciez
umidade que me inunda de torpor
Colérico, eufórico... perdido
E, de olhos vedados, me vejo submerso


Força vital que se esvai em meus dedos
Ofuscando meus olhos na escuridão
Sem criar barreiras me rendo
Entrego-me ao meu desejo

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Palavras, apenas elas


*Quero embriagar minha retina, com teu olhar
*Me afundar em torpor, com teu sorriso
*Perder os sentidos ao ouvir tua voz
*E, quando a ânsia subir em minhas veias
*Sairá de minha boca apenas elas, as palavras
*Emboladas uma com as outras, como àqueles que fogem da morte
*E ouvirás, se mirares os teus olhos nos meus
*(...)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

"O DIABO DA PARAÍBA"



Estando descansado
O grão duque Satanás
Teve uma idéia nociva
Horripilante e mordaz

Colocou numa caldeira
Vinte pipas de aguardente
Dez mil cobras venenosas
E um diabo demente

Sulimado corrosivo
Sulfato de estricnina
O couro de dez hienas
Dez quilos de cocaína

Rabujo de dez raposas
Golfadas de urubu
O espírito de Caim
Vinte couros de timbu

Tudo isso colado
Numa caldeira a ferver
Tomou forma de gente
Como o Diabo quis fazer

Satanás achando pouco
Lambuzou merda de porco
Misturou na parafina
E ao soltá-lo no mundo
Batizou a criatura como
Cássio Cunha Lima.




(Autoria Desconhecida)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sutilmente...


O sabor que o teu olhar denota quando encontra o meu
O Toque sutil de teu perfume quando meu olfato o delicia
A maciez de tua voz, que soa como uma brisa em dias de calmaria
Tudo isso, ainda que não percebas, me propicias sorrateiramente

Como a noite embala o passeio da lua...
Como as ondas que banham as pedras...
Como o fogo que aquece nas madrugadas frias...

Me encantas sem saber, encanta sem querer...
Apenas encanta.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Palavras soltas




Seguindo os passos do meu coração, me perdi
Seguindo os caminhos da minha razão, me arrependi
seguindo a escuridão da solidão, me tornei cego
Cego, segui aquilo que nao consegui enxergar
Cego, Te procurei, numa busca sem fim
foi quando abri os olhos e percebi
Sigo em busca de algo que nem mesmo eu sei
Sigo pelo simples fato que a caminhada me encanta
Minha cegueira me fez analfabeto...
Minha cegueira me fez enxergar uma nova luz
Não é pelo "o que" eu vivo, que me torna feliz
E sim "como" eu vivo.



Depois de um certo tempo to voltando com umas palavras soltas. Me perdoem, mas nao fiz revisao.