terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Por trás de seus olhos

Suave, era sua voz, mal dava pra ouvir
Sempre escolhendo a melhor palavra
Cada sílaba entonada com um acorde
Embalando meu olhar, ao mirar ao teu

Confundes, afasta, encanta, marca
Por que o diferente nunca se encaixa?
Quando não passa apenas de equilibrio
Quando não passa de um lindo delírio

O que há por trás desses olhos...
O que há por trás desse brilho...
O que há em seus pensamentos?

Por que não se render, se deixar levar...
E, apenas embalar a trilha de nosso olhar.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Enfim...


Esta aí... Cansei, cansei de você e do seu jeito inconsequente.
Cansei de ser aquilo que nunca quis ser, cansei de mim, do modo como me vê...
Não quero mais tanta complicação, gosto de simplicidade, gosto de atenção.
Cansei de tentar entender o que ninguem pode explicar, de te decifrar. Não importa mais...
Na verdade, Como um livro escrito em uma lingua morta ou como um castiçal em um templo sem fieis. Isso tudo perdeu a impotância.


29/01/2011

sábado, 22 de janeiro de 2011

Perdido...


O plural nunca pareceu tanto com o singular como agora. Olhar para o telefone esperando alguém ligar, mas quem? Gostaria que fosse engano, só para ouvir uma voz diferente... E, quem sabe, puxar um assunto inesperado. Mas, de fato, apenas a voz bastaria.

"Quando temos tudo o que queremos, mas não o que precisamos" dizia uma música, eu quis e obtive, mas e agora? Essa sensação de vazio, como aquele rei em que tudo que toca vira ouro. Quem dera fosse ouro, é apenas mágoa. Seja minha, seja para comigo, é apenas mágoa.

E, eu só queria ser eu mesmo de novo. Deixar pra trás esse "eu" que sempre desejei ser. Eu só queria me importar novamente. Eu só queria me encontrar novamente. Eu só queria ser "Eu" novamente...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Vida Real...




Na infância eu era apaixonado por historias. fossem elas contadas, cantadas ou simplesmente imaginadas. Em meio a tantas histórias "criadas" na mente de uma criança, acabei sem saber onde começa a historia, o conto ou quando o sonho se transforma na vida real. Imaginava como seria o primeiro beijo... Mágico, sublime, pleno.

E, nos meus sonhos, estava eu em um parque de diversões, de mãos dadas com uma suposta amiga (não existe nada além disso na cabeça de uma criança, "Amizade") e ali na montanha russa em um dos vários "loops" acontecia o tão esperado Beijo. Como se o chão e céu se tocassem e o tempo não existisse. Apenas nós...

Ela, tão linda... seus cabelos, o sorriso espontâneo, olhar doce. Até que acordo e sigo minha vida procurando uma amiga que eu pudesse andar de mãos dadas em um parque de diversões.

Até hoje me pergunto, onde a vida dá lugar ao sonho e onde o sonho se torna nossa vida.



"Escrito em 19/04/2008"

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Desespero...




Força que brota do seio da noite,
traz consigo apenas caos e destruição
transportando ódio e inveja - o poder
deixando marcas em seu rastro

fugi das flores da morte, foi inútil
vítima da sede de ganância deles, os deuses
prostrei-me diante da minha própria face
e num ultimo instante de esperança, supliquei

como em um holocausto, gritei por clemência
de fronte as estátuas, eles permaneceram estáticos
sem dor, sem força, sem esperança...
eternidade de escuridão e esquecimento.

sábado, 10 de julho de 2010

Preço da pureza



Envolto numa penumbra de incertezas

Perdido num caminho confuso

Sentidos confundem-se com sentimentos

Sentimentos fundem-se com emoções


Palavras perdem o significado

Olhares miram apenas o horizonte

À espera de algo hermético

Descanso no berço do receio

Embalado pela mão da desconfiança


Quem mais, se não, o alter ego

Quem mais, se não, a fobia

Quem mais, se não, eu mesmo


De onde há de vir o lampejo

Em que túnel há de estar

Enfim, a luz?

sábado, 19 de junho de 2010

Teu Beijo



Vertigem, ao te olhar é o que sinto
Embaraçado, não sei o que falar
No entanto, seu olhar me acalma

Como chuva em terra seca
Meu peito se enche de esperança
Sem rumo fico, ao sentir a maciez
umidade que me inunda de torpor
Colérico, eufórico... perdido
E, de olhos vedados, me vejo submerso


Força vital que se esvai em meus dedos
Ofuscando meus olhos na escuridão
Sem criar barreiras me rendo
Entrego-me ao meu desejo