quinta-feira, 19 de maio de 2011

Just Smile


Aquece-me com um olhar devasso, insano
Sem regras, sem pudor, sem nunca saciar-se
Centímetros tornam-se metros, quilômetros
Devidamente explorados, e sempre me surpreendendo

Envolvo-o em meus braços, aconchegante
Fazendo perder o inicio, o fim e o começo
E assim, tudo se transforma em um só
Num instante uma só alma, em dois corpos

Caminho Macio, doce e encantador
Detentor de meus grilhões, e de meu alvará
Brilho contagiante, desprendido... envolvente

Sem querer, sem perceber, sem se privar
Abriu portas fechadas, janelas cobertas... desatou amarras
Alojando-se no melhor lugar, na minha sala de troféus


Parabéns...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

terras d'além mar





Além da muralha, um rio que corre sem saber onde vai
Como um foço que protege o mais belo castelo, intransponível
O mais raro dos metais, reflete meu olhar quando o vejo
Nem mesmo os obstáculos de thor, bewolf, belerofonte ou hércules
Nada parece ser maior que tal impecílio

Cruzada que escolhi percorrer mesmo sabendo do fim inevitável
Combater apenas como espectador, sem expectativas ou esperanças
Apenas olho ao horizonte questionando a ordem natural
Enxergando o mais belo castelo, a mais bela visão
Sonhando com a página que eu possa escreve um final pra essa história

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Por trás de seus olhos

Suave, era sua voz, mal dava pra ouvir
Sempre escolhendo a melhor palavra
Cada sílaba entonada com um acorde
Embalando meu olhar, ao mirar ao teu

Confundes, afasta, encanta, marca
Por que o diferente nunca se encaixa?
Quando não passa apenas de equilibrio
Quando não passa de um lindo delírio

O que há por trás desses olhos...
O que há por trás desse brilho...
O que há em seus pensamentos?

Por que não se render, se deixar levar...
E, apenas embalar a trilha de nosso olhar.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Enfim...


Esta aí... Cansei, cansei de você e do seu jeito inconsequente.
Cansei de ser aquilo que nunca quis ser, cansei de mim, do modo como me vê...
Não quero mais tanta complicação, gosto de simplicidade, gosto de atenção.
Cansei de tentar entender o que ninguem pode explicar, de te decifrar. Não importa mais...
Na verdade, Como um livro escrito em uma lingua morta ou como um castiçal em um templo sem fieis. Isso tudo perdeu a impotância.


29/01/2011

sábado, 22 de janeiro de 2011

Perdido...


O plural nunca pareceu tanto com o singular como agora. Olhar para o telefone esperando alguém ligar, mas quem? Gostaria que fosse engano, só para ouvir uma voz diferente... E, quem sabe, puxar um assunto inesperado. Mas, de fato, apenas a voz bastaria.

"Quando temos tudo o que queremos, mas não o que precisamos" dizia uma música, eu quis e obtive, mas e agora? Essa sensação de vazio, como aquele rei em que tudo que toca vira ouro. Quem dera fosse ouro, é apenas mágoa. Seja minha, seja para comigo, é apenas mágoa.

E, eu só queria ser eu mesmo de novo. Deixar pra trás esse "eu" que sempre desejei ser. Eu só queria me importar novamente. Eu só queria me encontrar novamente. Eu só queria ser "Eu" novamente...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Vida Real...




Na infância eu era apaixonado por historias. fossem elas contadas, cantadas ou simplesmente imaginadas. Em meio a tantas histórias "criadas" na mente de uma criança, acabei sem saber onde começa a historia, o conto ou quando o sonho se transforma na vida real. Imaginava como seria o primeiro beijo... Mágico, sublime, pleno.

E, nos meus sonhos, estava eu em um parque de diversões, de mãos dadas com uma suposta amiga (não existe nada além disso na cabeça de uma criança, "Amizade") e ali na montanha russa em um dos vários "loops" acontecia o tão esperado Beijo. Como se o chão e céu se tocassem e o tempo não existisse. Apenas nós...

Ela, tão linda... seus cabelos, o sorriso espontâneo, olhar doce. Até que acordo e sigo minha vida procurando uma amiga que eu pudesse andar de mãos dadas em um parque de diversões.

Até hoje me pergunto, onde a vida dá lugar ao sonho e onde o sonho se torna nossa vida.



"Escrito em 19/04/2008"

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Desespero...




Força que brota do seio da noite,
traz consigo apenas caos e destruição
transportando ódio e inveja - o poder
deixando marcas em seu rastro

fugi das flores da morte, foi inútil
vítima da sede de ganância deles, os deuses
prostrei-me diante da minha própria face
e num ultimo instante de esperança, supliquei

como em um holocausto, gritei por clemência
de fronte as estátuas, eles permaneceram estáticos
sem dor, sem força, sem esperança...
eternidade de escuridão e esquecimento.